O acordo, o 1º desde o início da guerra, prevê também libertação de 150 palestinos presos em Israel; reféns só serão soltos a partir de sexta (24).
Na Faixa de Gaza, o Itamaraty aguarda autorização para repatriar 86 pessoas que estão no território.
Em paralelo, ataques de Israel à Cisjordânia deixaram cinco palestinos mortos, segundo governo local.
Poucas horas antes da trégua, Gaza tem mais um dia de bombardeios nesta quinta-feira (23)
Poucas horas antes da trégua prevista entre Israel e o grupo terrorista Hamas, os combates continuaram com uma intensidade ainda maior do que o normal, mais de 300 alvos atingidos por alvos israelenses e tropas envolvidas em combates intensos em torno do campo de refugiados de Jabalia, a norte da Cidade de Gaza.
No final desta tarde, o porta-voz do exército de Israel afirmou que o controle do norte de Gaza é só o “primeiro estágio de uma longa guerra”.
A trégua acordada entre os dois lados, no entanto, pode durar mais de 4 dias, como está previsto inicialmente. Israel afirma que estenderá um dia a mais de trégua a cada 10 reféns soltos.
A previsão inicial é que 50 reféns de Israel sejam liberados, em troca da trégua nos bombardeios em Gaza e a soltura de prisioneiros do Hamas.
Mais bebês prematuros nascem em Gaza devido ao estresse e trauma, diz levantamento da Oxfam
O número de nascimentos prematuros aumentou quase um terço na Faixa de Gaza, sitiada por Israel no último mês, à medida que as mães sofrem crescente estresse e trauma, afirmou levantamento da Oxfam, divulgado nesta quinta-feira (23).
Os dados foram coletados pela Juzoor, organização parceira da Oxfam, que apoia centenas de mulheres grávidas em Gaza. A organização é quem atribui o aumento pelas dificuldades enfrentadas pelas mães, que tiveram de fugir das suas casas devido ao bombardeio e sofreram estresse e trauma.
A Juzoor também afirmou pelo menos um recém-nascido morreu em cada um dos seus 13 abrigos para pessoas deslocadas no norte de Gaza durante o mês passado.
Israel recebe primeira lista de reféns que serão libertados
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que já recebeu a lista iniciais de reféns que serão liberados. Ainda não há detalhes sobre as pessoas que serão soltas.
Além dos cidadãos israelenses, mais da metade dos reféns capturados pelo Hamas possuíam cidadania estrangeira e dupla cidadania de cerca de 40 países, incluindo EUA, Tailândia, Grã-Bretanha, França, Argentina, Alemanha, Chile, Espanha e Portugal.
De acordo com a mídia israelense e o governo israelense, até 40 reféns detidos são crianças, incluindo um bebê de 10 meses e crianças em idade pré-escolar.
Também entre os levados estavam soldados, idosos e pessoas com deficiência.
Há 4 horas
Primeiro grupo de reféns do Hamas será libertado amanhã à tarde
O primeiro grupo de reféns do Hamas será liberado sexta-feira (24) às 4 da tarde no horário local (11h, no horário de Brasília), informou o governo do Catar, um dos mediadores do acordo entre Israel e o grupo terrorista.
Antes da liberação dos reféns, haverá o começo da trégua às 7h (2h da manhã, no horário de Brasília). A informação também foi confirmada pelo Hamas.
Este período de cessar-fogo deve durar 4 dias, para a liberação de 50 reféns por parte do Hamas, em troca de 150 prisioneiros palestinos de Israel.
O acordo, no entanto, pode durar mais dias. Israel anunciou que estenderia o cessar-fogo mais um dia a cada 10 novos reféns liberados.
Há 5 horas
Cruz Vermelha afirma que agentes foram alvejados durante ação humanitária em Gaza
Um porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse ao jornal Al Jazeera que os agentes da organização internacional foram alvejados enquanto tentavam prestar apoio humanitário no norte de Gaza.
O porta-voz também relembrou que profissionais de saúde têm proteção especial ao abrigo do direito internacional, acrescentando que os hospitais em Gaza foram transformados “em cemitérios e campos de guerra”.
Há 6 horas
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Diretor do maior hospital de Gaza é detido, acusado por Israel de usar o hospital como sede do Hamas
O exército israelense anunciou nesta quinta-feira (23) que deteve o diretor do maior hospital de Gaza, o Al-Shifa. A corporação afirma que “muitas evidências” revelaram que o homem usava o hospital também como sede do grupo terrorista Hamas.
“A decisão relativa à continuação da sua detenção será tomada de acordo com as conclusões da investigação e o envolvimento do diretor do hospital em atividades terroristas”, afirmaram as IDF (Forças de Defesa de Israel), em comunicado.
As forças israelenses também anunciaram que as evidências colhidas durante a operação no hospital mostram que o local foi usado para abrigar reféns do Hamas, incluindo a soldado Noa Marciano, de 19 anos, que teria sido assassinato nas dependências do hospital.
Há 6 horas
FDI diz que acordo para Hamas entregar reféns está relacionado com a falta de comunicação entre o grupo extremista e mediadores do Catar
Fonte das Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram ao jornal israelense Harretz nesta quinta que os atrasos na implementação de um acordo está relacionado com a falta de comunicação entre os mediadores do Catar e líderes do Hamas. O grupo extremista possui um escritório político no Catar.
O Wall Street Journal, por sua vez, disse que entre as questões técnicas que atrasam a implementação do acordo de reféns está a possibilidade de a Cruz Vermelha ter acesso aos reféns após a sua libertação.
FONTE G1
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